Um outro dia foi reservado para o Centro Histórico da Cidade do México. A cidade foi construída sobre a capital asteca de Tenochtitlán, destruída pelos espanhóis no século XVI. Eles decidiram construir seu centro de poder no coração da antiga metrópole, destruindo o Templo Mayor e o palácio de Montezuma II e erguendo o palácio do vice-rei em cima como forma de mostrar seu poder político e religioso, no que hoje é conhecido como Zócalo.

O passeio pode começar na estação Hidalgo (Linhas 2 e 3) ou Bellas Artes (Linha 2), no limite oeste da área. Dali é possível visitar um dos parques mais antigos da América, o Alameda Central, construído em 1529. Hoje possui diversos monumentos no seu interior, com destaque para o Monumento a Benito Juárez para o centenário da Independência mexicana. Ao seu redor estão vários museus e atrações, como o de Museu Mural Diego Rivera, o Museu Franz Mayer, a Torre Latinoamericana e o magnífico Palácio de Bellas Artes.

A vista de cima da Torre é muito bacana, e de lá dá pra ter uma verdadeira noção do tamanho gigantesco da cidade. É possível vê-la em 360º, com uma visão muito boa do Palácio de Bellas Artes e do Zócalo. O mirante fica aberto das 9h às 22h e custa 110 pesos.

O Palácio de Bellas Artes é uma imensa construção situada em um dos cantos da Alameda Central. Além do belo prédio em Art Nouveau, que merece ser apreciado por dentro e por fora, ele abriga vários murais de Diego Rivera. Murais esses que não tenho registro, pois não comprei a entrada que dava direito a tirar fotos, rs

Saindo do Palácio, pegue a rua de pedestres à esquerda, ao lado da Torre Latinoamericana. Essa rua está sempre movimentadíssima. Existem algumas construções interessantes nela, como a Casa de los Azulejos, que vale a pena entrar para visitar, ainda que não compre nada.

A rua termina no Zócalo, a principal praça da cidade e ponto de encontro de festas e manifestações, até mesmo pelo seu tamanho, já que é uma das maiores do mundo.  Para quem gosta de história, é um prato cheio. O mundo asteca, o hispânico e o mexicano se encontram em cada canto: nela estão localizados o Templo Mayor (ruínas astecas), a Catedral Metropolitana (cuja construção foi iniciada em 1573) e o Palácio Nacional (sede do poder da república).

A Catedral, que só foi terminada no final do século XIX, é bem grande – e pesada. Devido a isso e às características do solo da cidade, ela está afundando – afinal, foi construída sobre um lago aterrado. O Ángel de la Independencia, por exemplo, foi construído ao nível da rua, porém hoje sobe-se vários degraus para chegar até a base dele. Com a catedral a mesma coisa acontece, você pode perceber que ela é um pouco torta, assim como a capela e batistério que fica ao lado. Por dentro, é lindíssima. Além da arquitetura barroca impressionante, possui várias obras de arte religiosas muito bonitas e muito ouro.

Para entrar no Palácio Nacional é preciso mostrar identificação, então saia com o passaporte nesse dia. A entrada se dá por uma porta lateral próxima do Templo Mayor e é gratuita. O local possui dezenas de obras espalhadas pelos corredores, com destaque para os painéis de Diego Rivera que adornam a escadaria principal.O Templo Mayor, localizado em um canto do Zócalo entre a Catedral e o Palácio, foi redescoberto por acaso na década de 70 quando a cidade expandia sua rede de água. A visita começa com uma caminhada por entre as ruínas dos templos dedicados aos deuses Huitzilopochtli, da guerra, e Tláloc, da chuva.

 Depois entramos no museu propriamente dito, repleto de itens retirados das escavações, como a parede de crânios e uma escultura de um guerreiro asteca, o homem-águia.

O passeio ao museu custa 70 pesos e o ele fica aberto de terça a domingo.

Caso você não queira combinar com o Palácio de Bellas Artes e/ou a Torre Latinoamericana, o melhor jeito de chegar ao Zócalo é pela estação Zócalo da Linha 2, que tem uma saída exatamente na interseção entre o palácio, a igreja e o templo.