Este é um post da série sobre a Cidade do México. Se você não leu o primeiro, clique aqui!
Deixei por últimos outras atrações em que fui na Cidade do México, mas isso não significa que sejam menos legais!
Museu Frida Kahlo
Uma das artistas mexicanas mais famosas e influentes, Frida nasceu nessa casa em 1907. Filha de um imigrante alemão, ela contraiu polio com sete anos de idade, o que a deixou manca. Depois, aos 18, o bonde em que estava sofreu um grave acidente, o que a deixou de cama por longos meses. Foi aí que ela tomou gosto pela arte, já que, para passar o tempo começou a pintar usando os materiais de seu pai.
Frida casou-se com Diego Rivera, um dos mais expoentes artistas do país. O casamento entre os dois foi bem atribulado, pois os dois tinham gênios fortes, mas usaram a casa onde fica o museu para fazer encontros entre os amigos artistas e intelectuais.
O museu conta toda a história de sua vida – e você vai sair de lá apaixonado por ela. Sério, poucas foram as vezes que um museu me fez ficar querendo ser amigo de uma pessoa como esse me fez, haha. Além disso, a Casa Azul (o nome fica óbvio ao ver as paredes) é bastante aconchegante, com seu jardim central repleto de plantas e até mesmo uma pequena pirâmide asteca.
O museu fica aberto de quarta a domingo, e a entrada custa 200 pesos. Tente comprar online, a fila para comprar na hora é gigantesca. Para chegar tem que caminhar um pouco: deve-se descer na estação Coyoacán da Linha 3 e caminhar cerca de 1,5km até o museu (que fica na esquina das ruas Londres e Ignácio Allende). De lá, pode-se ir até o Mercado de Coyoacán seguindo a rua Ignácio Allende (sentido contrário ao metrô), uma feira de artesanato que tem alguns restaurantes lá dentro também (almocei uns tacos al Pastor muito bons). Outro mercado próximo é o Mercado Artisanal Mexicano, três quarteirões adiante, na Praça Hidalgo. Outra opção é ir para o museu Diego Rivera Anahuacalli, que está incluso no ingresso (há transporte gratuito entre os museus).
Museu Soumaya
No último dia eu tinha planejado ficar mais tranquilo. Apesar do meu voo ser só às 18h, o fato de ter que chegar às 15h mais o stress da volta me fez pensar em apenas rodar próximo do hotel. Mas tinha pesquisado sobre o Museu Soumaya e percebi que iria ficar extremamente desapontado se não fosse ver, nem que fosse por fora.
O prédio onde ele se encontra é lindo. Extremamente moderno, ele é formado por milhares de placas de alumínio hexagonais encaixadas umas nas outras. Como eu disse, só pelo exterior já teria valido a pena.
Mas o interior também não fica atrás. Com uma coleção imensa de mestres europeus como Monet, Renoir, Van Gogh e Camille Pissarro, além de pintores mexicanos como Diego Rivera e Rufino Tamayo, a maior atração são as dezenas de esculturas de Rodin no último piso.
O museu fica na região de Polanco e tem entrada gratuita todos os dias da semana. Como estava no último dia e não queria nada de canseira, fui de Uber (50 pesos da Zona Rosa), mas a estação San Joaquín da Linha 7 fica a 1,5km do museu.
Lucha Libre
Uma ida ao México não poderia ser completa sem uma visita a uma dessas lutas!
A Lucha Libre deve ser o passatempo favorito dos mexicanos. Passatempo não, esporte. Porque ela é levada bem a sério pelas centenas de pessoas que vão várias vezes na semana a um dos ginásios da Cidade do México.
Ver a luta assim, ao vivo, é um programa divertidíssimo. A torcida não para de gritar, festejar e comemorar cada golpe do seu lutador favorito. É até difícil saber se eles estão acreditando mesmo nas lutas ou estão só extravasando mesmo.
A noite é dividida em várias lutas, que vão desde certames com mais comédia, com anões, por exemplo, até a final do dia, com os lutadores mais famosos e experientes. Eles são divididos em dois grupos: os técnicos, os mocinhos, que lutam seguindo as regras e pelo bem, e os rudos, os vilões. E não ache que, pelas lutas serem todas coreografadas, os mocinhos sempre vencem. Rudos também podem se sagrar vencedores, e é claro que a Arena toda vaia o resultado.
Na Cidade do México existem dois locais onde as lutas acontecem: a Arena Coliseo e a Arena México, maior e mais tradicional (e a que eu fui). As lutas na México acontecem todas as terças, sextas e domingos. Os eventos de sexta são os mais concorridos, por terem as lutas mais elaboradas. Dá pra comprar o ingresso na hora: apesar de encher, as lutas não costumam lotar. Para chegar é muito fácil, ela fica a duas quadras da estação Cuauhtémoc da Linha 1 do metrô. O caminho pode parecer um pouco estranho, mas não se preocupe, é bem próximo.
Museu da Tequila e Mezcal
A vodca na Rússia, o uísque na Escócia, a cachaça no Brasil e a tequila no México. E a bebida mais tradicional do país tem que ter um local especial para ela. O Museu da Tequila e Mezcal não é dos maiores, mas traz detalhes interessantes de sua história e fabricação.
Depois de passar pelas salas do museu, os visitantes ganham uma degustação de tequila e de mezcal no terraço do prédio. Claro que, por ser grátis, a qualidade (e a quantidade) não é das maiores, mas no local também tem uma lojinha com dezenas de opções.
O Museu fica na Praça Garibaldi, onde é possível contratar mariachis para tocar para o seu grupo. Existem vários restaurantes no entorno da praça, sendo um bom local para comer alguma coisa depois de tomar umas tequilas no museu, hehe.
Para chegar na região, pode-se descer na Estação Garibaldi da Linha 8 e andar algumas quadras em algumas ruas esquisitas até lá. Por isso, se for à noite, o ideal é pegar um táxi ou Uber, por questão de segurança.
Parte 1: Informações gerais
Parte 3: Zócalo e região
Parte 4: Pirâmides de Teotihuacán
Parte 5: Frida, Soumaya, lucha libre e tequila