Tanto Universo

Pirâmides de Teotihuacán

Este é um post da série sobre a Cidade do México. Se você não leu o primeiro, clique aqui!

Começo dizendo que, se você tiver que escolher apenas uma visita para fazer na Cidade do México, ela tem que ser ver as Pirâmides de Teotihuacán. São simplesmente maravilhosas. E bem fáceis de chegar por conta própria.

Calçada dos Mortos

Como chegar

Existem diversas excursões que levam até lá e fazem em conjunto com a Basílica de Guadalupe. Só que todas elas fazem primeiro a Basílica e depois as Pirâmides. Resultado: lotação nos dois locais, além de ter que seguir o tempo deles. Por um preço muito mais em conta é possível fazer tudo isso por conta própria.

Ônibus saem com boa frequência da rodoviária, que também é servida por metrô. O primeiro passo então é pegar a Linha 5 e ir até a estação Autobuses del Norte. Como a Linha 5 é meio fora de mão, se você quiser chegar cedo para evitar as multidões, talvez seja melhor pegar um Uber, como eu fiz. A viagem deu cerca de 65 pesos desde a Zona Rosa (em set/2016). O guichê do ônibus que leva até lá estão no portão 8, bem no final da rodoviária. Não se esqueça de pedir para ir até a Zona Arqueológica, já que os ônibus têm diferentes destinos. A passagem custa por volta de 50 pesos e dura mais ou menos uma hora e meia. Avise para o motorista também, para não ter qualquer problema. Ainda que vários turistas desçam lá, você pode dar a sorte de pegar um ônibus vazio como o meu, onde tinham 4 turistas no total, hehe.

O ponto do ônibus é no Portão 1, que fica bem no sul do parque, distante das pirâmides propriamente ditas. A minha recomendação é pegar um dos vários táxis que ficam na porta e pedir para levar até a Porta 3, na Pirâmide da Lua (porque daí a visita passa a ser morro abaixo, haha). Eles cobram bem caro (o taxista queria 200 pesos para um trajeto de dois quilômetros), então tem que pechinchar e tentar se juntar com outros turistas para dividir os custos.

Na volta, os ônibus saem dos Portões 1 e 2. Deve-se perguntar se ele vai para o terminal Autobuses del Norte, já que eles têm diferentes destinos. Da rodoviária para a Basílica é bem perto, coisa de três quilômetros. Mas garanto que você vai estar morto de cansaço depois das pirâmides, então vá de metrô ou táxi. De metrô você pode pegar a Linha 5 até a estação La Raza, trocar para a Linha 3, ir até a estação Deportivo 18 de Marzo e depois andar mais uns 800 metros até a igreja ou pegar a Linha 5 em sentido contrário até a estação Instituto del Petróleo e depois a Linha 6 até a estação La Villa – Basilica. Dessa forma você anda mais de metrô, mas bem menos a pé: cerca de 250 metros.

 

As Pirâmides de Teotihuacán

Ninguém sabe exatamente quem construiu a cidade onde estão as pirâmides. Estudiosos acreditam que Teotihuacán poderia ter sido habitada por vários povos, como os zapotecas e maias. Ela provavelmente chegou a ser a maior cidade da América no século IV e foi abandonada por volta do século VII, por causas ainda não conhecidas. Foi redescoberta e ocupada séculos depois pelos astecas, que consideravam o lugar sagrado.

Eu já tinha decidido, antes mesmo de ir, que só subiria a Pirâmide da Lua, a menor, localizada no extremo norte de Teotihuacán e com vista para toda a Calçada dos Mortos e a Pirâmide do Sol. A razão era simples: meu condicionamento físico é nulo, haha. Por isso entrei pela Porta 3, que dá passagem primeiro para o Palácio de Quetzalpapálotl e depois para a Pirâmide.

Pirâmide da Lua

A Pirâmide da Lua tem 45 metros de altura, mas não é possível subir até o topo, acredito que devido ao mau estado de conservação de parte dela. Ainda assim, a vista lá de cima é de tirar o fôlego. A subida é cansativa, já que os degraus são altos e estreitos, mas vale muito a pena. E vale ficar um tempão lá em cima apreciando a vista (e descansando). Se tiver chegado cedo e ido direto para lá, vai ter a pirâmide só para você. Um sentimento sem igual.

Escada da Pirâmide da Lua

Depois vá descendo a Calçada dos Mortos, o eixo central de Teotihuacán, com mais de dois quilômetros de extensão. Com construções parecendo pequenas pirâmides dos dois lados, a gente passa devagar por elas imaginando como devia ser a vida 1500 anos atrás, quando esse caminho ficava cheio de gente tocando a vida.

Calçada dos Mortos

De pouquinho em pouquinho você vai chegando na Pirâmide do Sol e começa a absorver a sua imponência. Terceira maior pirâmide do mundo, com 65 metros de altura, ela realmente impressiona pelo tamanho. E eu pensando em como iria subir ali…

Pirâmide do Sol

Como é alta!

Pois é, mas não teve jeito. Quando cheguei na base decidi que tinha que ver a vista um pouquinho mais de cima. Chegando lá, vi que o próximo patamar era só uns trinta degraus pra cima, e subi. E assim foi: devagarzinho, um patamar por vez, levando uma hora até lá em cima. Mas venci! Haha. E iria me arrepender muito se não tivesse feito isso.

Vista da Pirâmide do Sol

Mas infelizmente era hora de ir embora. Apesar de estar extremamente cansado pela combinação exercício físico e sol na cabeça, ainda tinha que passar pela Basílica de Guadalupe.

 

Basílica de Guadalupe

Nossa Senhora de Guadalupe é a padroeira do México e foi declarada a padroeira da América Latina, o que ajudou a torná-la uma das igrejas mais visitadas do mundo, com mais de 20 milhões de visitantes por ano.

Basílica Velha

Na verdade o local tem duas igrejas, a Basílica Velha, construída entre 1531 e 1709. Devido ao solo movediço que afeta as construções em toda a Cidade do México, ela está afundando, e por isso foi construída uma nova basílica na década de 70.

Basílica de Guadalupe

As duas basílicas lado a lado. Não, a foto não está torta! Rs

Confesso que estava morto de cansaço e não aproveitei tudo o que devia desse lugar. Existem várias igrejas, capelas e locais para visitar no complexo, mas ficarão para uma próxima viagem.

Parte 4: Pirâmides de Teotihuacán

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